HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Desde os começo da antiguidade, quando surgiu da filosofia, seus temas centrais passaram por permanentes mudanças. Em razão de sua dependência relativamente à teologia à filosofia, a psicologia atuou por uns tempos como uma bola jogada em diferentes direções. No seu desenvolvimento subsequente, foram-se acrescentado sempre novos temas e tarefas, de modo que ainda hoje é difícil descrever em poucas palavras o que é a psicologia e o que constitui.

Já na Antiguidade, existiam teorias sobre a constituição da alma.  Na Grécia, por volta de 600 a.C, deu-se uma crescente difusão do movimento órfico. Os órficos, como seus seguidores eram chamados, veneravam Orfeu como um semideus que incorporava a síntese entre arte poética, ciência e religião. Os órficos estavam convencidos de seus de que a alma era capaz de migrar de corpo em corpo bem como em sua imortalidade.
À alma era atribuída a faculdade de deixar o corpo durante o sono, de modo que os sonhos noturnos eram considerados vivências da alma num mundo do além.

Orfeu é uma figura da mitologia grega. É o filho do deus Apolo. Por meio de seu canto extraordinário, Orfeu tem poder sobre os homens, animais e entre divinos. Com efeito, ele mobiliza seus poderes para libertar a sua esposa, Eurídice, do mundo subterrâneo. Com sua canção, comove os deuses de tal modo, que estes permitem o retorno de Eurídice para o mundo dos vivos. Mas como Orfeu não obedece à ordem de não olhar para trás até alcançarem o mundo superior, Eurídice acaba tendo de permanecer no submundo.

Platão
O filósofo Platão ( c.427-347 a.C ) aproveitou as idéias dos órficos e deu-lhes um novo desenvolvimento. Segundo ele, a alma era semelhante ao ar e insuflava vida no corpo. Partia da tese segundo a qual a alma era constituída por três partes: uma alma apetitiva e provedora, com sede no baixo ventre; uma alma irascível e resoluta, que se encontra no tórax, e uma alma racional ou pensante, que tem sua sede na cabeça. Apenas a alma pensante é imortal e pode separar-se do corpo após morte.
Aristóteles 
Mais tarde se dará, com Aristóteles ( 384-322 a. C ), uma inversão da teoria dualista da alma para um modo de ver monista, segundo o qual há uma estreita ligação entre corpo e alma. O corpo é visto então como instrumento da alma. Aristóteles também subdivide a alma em três unidades: uma alma vegetativa, que exerce uma função nutritiva; uma alma animal, que controla os desejos e sensações, bem como uma assim chamada alma espiritual, que incorpora a faculdade da lógica. A alma espiritual assuma um papel especial, uma vez que ela é independente do corpo e, por conseguinte, imortal. Em partição da alma impregnou por muito tempo o desenvolvimento teórico da psicologia.

Você já Sabia?
Na Ásia também havia teorias e doutrinas sobre a alma, como, por exemplo, no budismo, taoismo ou confucionismo. Essas doutrinas eram mais orientadas para prática, e serviam como diretrizes para condução da vida. Essas iniciativas exerceram, contudo, uma influência mínima sobre a psicologia ocidental.

Outras importantes escolas da Antiguidade foram estoicismo (de Stoa, pórtico; c. a. C.) e o jardim, de (c. 306 a.C.) Uma vez que o homem era visto como parte da natureza, os membros de ambas as escolas partiam de uma concepção e mesuração cientifico-naturais do comportamento humano. Essas escolas filosóficas criaram desse modo uma importante pressuposição para o posterior desenvolvimento cientifico da psicologia.
Cláudio Galeno
O médico Galeno (c. 129-c. 199) parte da teoria dos humores corporais de Hipócrates (c. 460 a.C. c. 370 a.C.) e desenvolve uma teoria sobre as conexões entre os fluidos corporais e a personalidade . Ele supunha que cada homem trazia em si uma mistura de sangue e fleuma, bem como de bile amarela negra. Na dependência de qual dos fluidos seja preponderante, Galeno distingue quatro tipo de personalidade, que designa de temperamentos. Ao primeiro tipo pertence os sanguíneos, nos quais o sangue prepondera no corpo, que são rápida e fortemente excitáveis mas também alegres. Nos fleumáticos, que mostram reações lentas e fracas, sem contudo ficarem aborrecidos, prepondera o fleuma. Pessoas que são rápida é fortemente excitáveis e, em sua maioria, facilmente irritáveis, os assim chamados coléricos, têm preponderância da bile amarela. Havendo excesso de bile negra, as pessoas são melancólicas, ou seja, reagem lenta e fracamente e, na maioria são tristes.

O Homem desde sempre tenha se esforçado para sondar os mistérios de sua alma, foi apenas a partir do século XIX, sobre um terreno preparado pela evolução das ideias filosóficas e pelo progresso rápido da da fisiologia, que a psicologia se constituiu como discurso e saber autônomos.

Origens e desenvolvimento da psicologia
A conversão da fisiologia ao método experimental e a construção de instrumentos de medida aperfeiçoados dão origem, na Alemanha, aos primeiros progressos em matéria de fisiologia das sensações  e de fisiologia do sistema nervoso (descoberta células do sistema nervoso), bem como ao estabelecimento dos primeiros modelos  psicofísicos e psico fisiológicos. Em seguida, diversas correntes e teorias fecundas se desenvolvem.
Correntes e teorias
Com o behaviorismo iniciado por Watson, a psicologia, rejeitando a introspecção, se afasta do estudo da consciência e se transforma em ciência do comportamento.  A observação exterior do comportamento é suficiente para estabelecer leis  que permitem as reações a determinadas varações ambientais.
A observação objetiva se aplica às variáveis da situação (estímulos) e às variáveis comporta mentais (reações, respostas). A psicologia se torna, claramente, a ciência do comportamento.
Em 1920, praticamente todos psicólogos americanos eram behaviorismo se mostra bastante fecundo.
O gestaltismo
O gestaltismo, iniciado pelo psicólogo alemão Max Wertheimer (1880-1943), estuda a percepção e, especialmente, a organização das formas, os princípios de relatividade e de trans posição, o isomorfismo das formas físicas e fisiológicas.  No campo da psicologia social, Kurt Lewis (1890-1947) abre perspectivas importantes na dinâmica de grupos.
A psicologia clínica e a psicanálise
Pierre Janet (1859-1947) e Sigmund Freud estão na origem de uma prática psicológica chamada "psicologia clinica", baseada na entrevista e no exame aprofundado de caso por meio do contato individual.
A psicologia infantil e a epistemologia genética
Henri Wallon (1879-1962)  e depois Jean Piaget (1896-1980), criador da epistemologia genética, se dedicam à psicologia infantil. Wallon é um dos principais nomes dessa área.  Ele elabora uma teoria de desenvolvimento da criança em fases. Piaget mostra que desenvolvimento da criança  se realiza de maneira gradual e continua, até a aquisição de um pensamento adulto, com uma conceitualização cada veis mais abstrata. Os trabalhos de Piaget, por mais hoje sejam polêmicos, exerceram uma influência considerável.
Os campos da psicologia
É possível identificar diversos campos de aplicação da psicologia, mas os campos e os métodos nem sempre concordam entre si.
A psicologia animal e a etiologia se interessam pelos comportamentos animais, naquilo que eles têm especifico (comportamento rituais, comunicação etc.)
A psicologia infantil e do desenvolvimento estudam a evolução da criança desde o nascimento.
A psicologia social leva em consideração as interações do individuo com o grupo social ao qual pertence e com a sociedade. Ela se interessa,  por exemplo, pela formação dos julgamentos sociais de cada um, pela comunicação, pelos ambientes de trabalho (psicologia das organizações), pela saúde (papel dos especialistas, relação entre os profissionais e seus clientes), pelo ambiente (estilo de vida, industrialização, urbanização, processos cognitivos desses dados).
A psicologia diferencial estuda as diferenças observadas na conduta de indivíduos e de grupos colocados em situações previamente listadas.  Seus métodos se baseiam na utilização e de questionários, assim como em estatísticas.
O objetivo dos pesquisadores é delimitar a origem das diferenças individuais. 
A psicologia clínica é uma especialidade que põe em ação métodos e conceitos exteriores à psicologia, como noções oriundas da psicanálise. Seu objetivo é estudar o indivíduo, doente ou saudável a qualquer, naquilo que ele tem de especifico, irredutível a qualquer outro indivíduo.
A psicofisiologia se situa na interação entre  psicologia e fisiologia. Sua pesquisa vão, por exemplo, da simples busca de correlações entre comportamento e indícios fisiológicos até a comprovação de laços de causalidade entre o funcionamento de uma estrutura nervosa e um comportamento.
A neuropsicologia  visa estabelecer uma relação inteligível entre os processos psicológicos superiores e o funcionamento do cérebro. Ela se coloca, portanto, no limite da neurociência e se interessa pelos fenômenos de maturação de senescência. Também tem como objetivo analisar os déficits comportamentais.
O sucesso da psicologia cognitiva
A ascensão da psicologia cognitiva por volta dos anos 1950 está ligada ao desenvolvimento da informática.
Os progressos da neurologia, tanto no nível molar (o cérebro considerado em seu conjunto) quanto no nível celular ( a transmissão da informação do nível dos neurônios ), A mente como sistema de tratamento da informação é uma metáfora, mas igualmente um modelo funcionamento.
A psicologia cognitiva, que representa atualmente uma das correntes mais fecundas da psicologia, efetua trocas com outros campos, como a informatica, a inteligencia artificial, a linguística, a neurologia, a lógica e uma parte da filosofia. Juntas constituem as ciências cognitivas.  

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