Hiperatividade (TDAH/THD)

Hiperatividade  (TDAH/THD)

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH/THD) é usado atualmente para definir alterações no pensamento e na ação, O sintoma principal é a hiperatividade e impulsividade da criança.A prevalência: Esta entre 3% e 5% em crianças em idade escolar e costuma ser mais comuns em meninos do que em meninas. Em adolescentes de 12 a 14 anos, pode ser encontrada numa prevalência de 5,8%.

Descrição do quadro clínico
(Presença por no mínimo 6 meses) Os critérios de diagnósticos mais explicativos para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade são aqueles relacionados pelo DSM-IV. Os principais são os seguintes:TDA – Transtorno de Déficit de Atenção –

Tipo Desatento
Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras.
Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra.Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções).
Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa).
Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais).
É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa.
Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias.
THDA – Transtorno de Hiperatividade com Déficit de Atenção – Tipo Impulsivo
Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.
Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado.
Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação).
Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer.
Freqüentemente fala em demasia. Impulsividade.
Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas.
Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez. Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em conversas ou brincadeiras).
Tipos Combinados
Tipos Não Específicos

Etiologia:
Suspeita genética ligada ao cromossomo x Hereditariedade
Maturação do sistema nervoso central
Funções bioquímicas cerebrais
Relacional

Tratamentos:
Ainda não há cura, precisa ser controlada por toda a infância.
Uso de medicações como ri talina e anti-depressivos
Acompanhamentos: neurológico, psicológico, ono audiológico, psico pedagógico, psicomotor.
Técnicas para ajudar a criança hiperativa
Olhe sempre nos olhos – Você consegue "trazer de volta" uma criança THDA através dos olhos nos olhos . Isso ajuda a evitar a distração que prejudica tanto essas crianças.
Organizar as carteiras em círculos, ou em forma de U, ao invés de fileiras – facilita o contato e particularmente o diálogo com os demais membros da classe, uma vez que esse tipo de aluno costuma estar "na turma do fundão", não podendo visualizar os olhos dos companheiros de estudo, o que o torna ainda mais disperso.

Cuidado com as cores – O estímulo multi colorido costuma deixá-los mais excitados e menos atentos ainda, devendo ser evitadas cores fortes no ambiente (do espectro vermelho e amarelo), inclusive na vestimenta da criança.
Adotar um ritmo dinâmico de aula – de tal forma a criar oportunidade para que todos os alunos participem, sempre com o cuidado de não permitir que o aluno com THDA se empolgue demais.
Usar recursos e formas de apresentação não habituais – crianças com THDA adoram novidades; explorar seu cotidiano e fazer disso motivo para uma aula posterior ou mesmo criando um "gancho" na aula atual costuma ser muito proveitoso.
Utilizar metodologia preferencialmente visual – As crianças THDA aprendem melhor visualmente que por outros métodos, portanto, escreva palavras-chave ao mesmo tempo que fala sobre o assunto .
Estimular a criatividade – Propor tarefas que exijam a criatividade do aluno (explorar, construir, criar) e não passivas (questionários com respostas tipo x).
Ser claro e objetivo ao definir as regras de comportamento dentro da sala de aula – criar, juntamente com os alunos, um código de conduta (simples, com poucas palavras, para facilitar a memorização ) e escrever em uma tabela SEMPRE VISÍVEL afixada na parede.
Repita e repita as diretrizes – Como dito acima, as pessoas com THDA necessitam ouvir as coisas mais de uma vez, pois são profundamente visuais, aprendendo com mais facilidade quando as coisas são apresentadas da forma visual.
Fornecer com ante cedência (preferencialmente no final do dia anterior) um programa com as atividades do dia a serem executadas. As crianças com THDA necessitam de um ambiente estruturado. Faça listas, tabelas, lembretes,  apresente o programa das aulas do dia no final do dia anterior, pelo menos informe o assunto da aula do dia seguinte antes do término da aula anterior, pois essas crianças necessitam de diretrizes, organização, regras claras, definidas e ESCRITAS (elas fixam melhor o que conseguem ver) .
Ao dar instruções para a classe, solicitar que o aluno com THDA repita para toda a classe. – Isso lhe dará duas oportunidades: de que tenha certeza de ter entendido o que é esperado dele (e dos demais) e ter sua auto-estima (em geral extremamente baixa) reforçada.
A memória é um grave problema para eles – Ensine mnemônicos, quadrinhas, dicas, rimas, pois eles têm problemas com a Memória de Trabalho Ativa e esses processos ajudam sobre maneira a aumentar essa memória.
O desafio costuma motivar o portador de THDA – Deve então o professor estabelecer de antemão com o aluno qual a tarefa a ser feita, quando será considerada concluída e quais os pontos para isso (check-list a ser verificado no final da tarefa). Isso dará aos poucos ao portador de THDA formas de lidar com sua ansiedade, e falhas de terminar as tarefas a que se propõe, pois em geral ele concebe projetos grandiosos demais, os quais não consegue finalizar.

Elogiar o aluno com constância – NÃO APENAS QUANDO ELE TERMINA A TAREFA, mas DURANTE o transcorrer dela, INCENTIVANDO seu término, uma vez que para o aluno com THDA o CONCLUIR a tarefa é bastante difícil, exigindo quase o triplo de concentração (praticamente inexistente) que os demais...
Estabelecer para o aluno com THDA tarefas de conclusão rápida – Inicialmente, para que este comece a finalizar adequadamente as tarefas, e, aos poucos, ir inserindo maior complexidade e maior duração às tarefas dele exigidas, visto que o aprendizado de organização para essas pessoas é extremamente penoso .
Divida as grandes tarefas em tarefas menores – Isso possibilita à criança vislumbrar que a tarefa PODE ser terminada, algo que é extremamente difícil para os portadores de THDA, possibilitando ao professor trabalhar a capacidade  da criança, geralmente minimizada por ela (baixa auto-estima...) além do que evita acessos de fúria pela frustração antecipada de não terminar a tarefa, em crianças menores, e as atitudes provocadoras dos maiores.
Utilize uma agenda de contato com a família – Isso facilita a troca de informações.
Utilizar exercícios físicos – Exercícios (até um enfoque de psico motricidade) auxiliam sobre maneira o portador de THDA, pois ajudam a liberar o excesso de energia, concentrar a atenção em um objetivo facilmente entendido e visualizado (correr até a linha vermelha), estimular a fabricação de endorfina, além de ser muito divertido.
Orientação aos pais
As crianças hiperativas precisam de atendimentos adequados. Os pais devem procurar informações e esclarecimentos para cuidar da criança.
Somente algumas crianças hiperativas são medicadas.
História de hiperatividade, transtorno depressivo nos pais ou em outro elemento na família, verificar hipótese de hiperatividade na criança.
Os pais não causam hiperatividade nos filhos, mas seu modo de interagir pode aumentar ou diminuir o comportamento hiperativo.
Os pais devem procurar ajuda quando perceberem suas limitações para lidarem com a criança.

As características: O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH/THD) é um padrão persistente de desatenção. 
Normalmente essas crianças dão a impressão de estarem com a mente em outro local, ou de não estarem escutando o que está sendo dito. Pode haver freqüentes mudanças de uma tarefa para outra, elas podem iniciar uma tarefa, passar para outra, depois voltar a atenção para outra, antes de completarem qualquer uma de suas incumbências. Essas crianças freqüentemente não atendem a solicitações ou instruções e não conseguem completar os trabalhos escolares, tarefas domésticas ou outros deveres. Os portadores deste transtorno são facilmente distraídos por estímulos irrelevantes e habitualmente interrompem tarefas em andamento para dar atenção a ruídos ou eventos triviais, esquecem dos com promissos marcados e até de levar o lanche para a escola. A hiperatividade pode manifestar-se por inquietação ou remexer-se na cadeira, por não permanecer sentado quando deveria, por correr ou subir excessivamente em coisas, quando isto é inapropriado, por dificuldade em brincar ou ficar em silêncio em atividades de lazer, por freqüentemente parecer estar "a todo vapor" ou "cheio de gás" ou por falar em excesso. Os bebês e pré-escolares com este transtorno diferem de crianças ativas, por estarem constantemente irrequietos e envolvidos com tudo a sua volta; eles andam para lá e para cá, movem-se "mais rápido que a sombra", sobem ou escalam móveis, correm pela casa e têm dificuldades em participar de atividades em grupo durante a pré-escola.Alguns sintomas hiperativos e impulsivos costumam estar presentes antes dos 7 anos, mas muitos indivíduos são diagnosticados depois dessa idade e outros antes disso, e algum prejuízo devido a esses sintomas deve estar presente. A desatenção costuma ser geral, incluindo nas situações escolares, profissionais ou sociais. Os indivíduos com este transtorno não conseguem prestar muita atenção a detalhes e, por causa disso, podem cometer erros por falta de cuidados nos trabalhos escolares ou em outras tarefas. Todas as tarefas que exigem algum esforço mental continuado são experimentadas como desagradáveis, enfadonhas e acentuadamente aversivas. Devido à aversão à monotonia, ao continuísmo e mesmice, esses pacientes em geral evitam ou têm forte antipatia por atividades que exigem dedicação ou esforço mental prolongados ou que exigem organização ou concentração. Os hábitos ocupacionais dessas crianças freqüentemente são desorganizados e os materiais necessários para a realização de tarefas são, com freqüência, espalhados, perdidos ou manuseados com descuido e danificados.

Referências: Tania  Zagury  Livro - Limites Sem Trauma - Ed. Record  e  Ryon Braga -Livro - O Comportamento Hiperativo - Editora Conscientia


Comentários

  1. Saudações!

    Vou atrás dos livros -Limites Sem Trauma- o título por si só já desperta uma vontade gigantesca de ler .
    abraços,
    Paulo.

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  2. O livro infantil JOÃO AGITADÃO, Ed. Caravansarai, de Lia de Paula Moraes e ilustração de Ney Megale é bonito, divertido e ajuda a elevar a autoestima das crianças hiperativas,

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