Psicologia da Religião


Psicologia da Religião

A religião existiu e existe em toda sociedade humana. A ânsia pela compreensão das coisas parece estar enraizada na natureza humana. é verdade que hoje em dia as igrejas, como instituições, estão perdendo um número de cada vez mais de fiéis, por outro lado cada vez mais pessoas demostram uma necessidade de sentido e de experiência do trance dente.  Com efeito, a crença individual, mesmo separada das instituições eclesiásticas, faz parte parte do conjunto das vivências humanas. A religião é interessante para a psicologia, uma vez que, por um lado, pode ajudar o indivíduo no controle da vida, dando-lhe força e persistência.

RELIGIÃO E PSICOLOGIA SOCIAL
A religião está sempre vinculada a um grupo, isto é, há muitas pessoas que partilham da mesma fé. As convicções religiosas do indivíduo em geral não são definidas como religião. Cada religião de determinados pontos de vista, modos de comportar-se e vivências. Os pontos de vista ou as crenças oferecem uma explicação do sentido e do fim da vida humana. Cada grupo possui os próprios conceitos, símbolos e ritos.
Quando alguém se filia a grupo religioso, ele assimila a religião pelo um processo de aprendizagem. Deste modo, participa também de um processo social. Aprende como devem ser interpretados  certos  acontecimentos e comportamentos.  Por meio dos artigos de fé e dos ritos são possíveis vivências muitos pessoais.  O crente experimenta por meio disto a coesão da comunidade bem como a própria inidentidade.   Também aqui se distingue entre grupo próprio e alheio. No contexto religioso, a delimitação diante de grupos estranhos e extremamente restrita.  Os grupos alheios simbolizam, em muitos casos, o mal.  Freqüentemente se dá também uma determinação diante daqueles que tem uma orientação política ou sexual diferente da aceita pelo próprio grupo. A relação entre os grupos pode, contudo, desenrolar-se de um modo positivo.  Considerem-se, por exemplo, os grupos existentes no interior do cristianismo , os quais em geral trabalham bem uns com os outros, surgindo conflitos de vez em quando entre eles.   Dentro de um grupo há naturalmente papéis e, na maioria das vezes, também há uma hierarquia. Na igreja católica, por exemplo, Há um líder, o papa, ao qual estão subordinados os bispos, aos quais, por sua vez, subordina-se os padres.  Desse modo, a hierarquia prolonga-se até  o mais inferior elo da cadeia, o fiel ou membro da igreja.  A posição na hierarquia é representada por símbolos de sta tatus, como vestes rituais, ornamentos ou insígnias. No interior de um grupo religioso existe, naturalmente, normas às quais todo novo membro precisa  se adaptar rapidamente. Uma autoridade observa se as normas estão sendo cumpridas. Para isso são implementadas premiações, como bênçãos, ou punições, por exemplo, sanções, penitências etc. A pressão no interior de um grupo é tanto maior, quanto mais distante este for das normas e dos valores da sociedade. Em algumas seitas, isto é bastante claro. Pode-se ingressar num grupo religioso de distintas maneiras. Em geral se nasce numa religião. Muitos permanecem membro dessa religião, mas há também pessoas que se transferem para outras comunidades religiosa ou , então, se distanciam totalmente dos grupos religiosos. Uma parte da comunidade religiosa é constituída pela seitas. Em geral. as seitas distinguem-se fortemente da sociedade, o que implica um alto nível de exigências para seus membros. Freqüentemente as seitas são lideradas por pessoas carismáticas, que fomentam a coesão de tais grupos. Como surgem as seitas? Supõe-se que muitas pessoas têm uma relação tensa com a sociedade com seus valores e normas. Quando se estabelece o contato entre pessoas com semelhantes pontos de vista e necessidades, podendo estes ser mobilizados, então podem surgir dai  um grupo. Para conseguir mais membros, os adeptos de seitas tentam contatar outras pessoas, seja na rua seja na casa de amigos. Com frequência se desenvolve uma sensibilidade para determinados temas, como o sentido da vida. Na fase de aproximação, os positivos aspectos do grupo são especialmente destacados. Assim o postulante desenvolve sentimentos agradáveis diante do grupo. O postulante então toma a decisão de abdicar de sua antiga inidentidade. Por meio de atos  simbólicos, por exemplo, um batismo, a pessoa é admitida oficialmente no grupo. O novo membro, agora, dedica-se á totalmente à comunidade, rompendo todos os contatos sociais. Quando o grupo se delimita em alta medida do resto da sociedade, os seus líderes precisam empenhar-se muito para manter os membros do grupo. Na fase de admissão, podem ser empregados certos processos como a assim chamada lavagem cerebral. Quando não há preocupação com o fato de o individuo  ser ou não ser capaz de elaborar as informações, trata-se então de sugestão ou propaganda. Por esses meios o individuo é manipulado. Isso dá sobretudo por meio de mensagem emocionais e pela constante repetição de determinados estados de coisas. A tentativa de persuasão não ignorar os valores e conhecimentos dos ouvintes. Há apenas  uma resposta correta, e os ouvintes devem ser convencidos de que esta é a única possibilidade de salvação. Procissões, musicas e canto podem reforçar ainda mais o efeito daquilo que foi dito. O discurso de persuasão é mais bem-sucedido quando proferido por pessoas com grande autoridade, por exemplo, um mestre de uma terra distante.
Do livro: Os grandes Mestres da Psicologia

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