Deuses de Freud

Velhos deuses do pai da psicanálise
Deuses de FreudLivro revela as paixões materiais do colecionador de arte Sigmund Freud
Sigmund Freud prescrevia para seus pacientes a intensa e profunda viagem da análise psicanalítica, mas sua terapia pessoal era compras.
Mas não qualquer compra. Enquanto escrevia sua obra mais famosa, A interpretação dos sonhos, no final dos anos 1890, Sigmund Freud se tornou um colecionador de arte antiga reuniu ao longo de 40 anos um fantástico acervo de mais de 2 mil peças: estátuas.vasos bustos, gravuras, fragmentos, de papiros, entre outras. É essa faceta desconhecida do pai da psicanálise à luz no delicioso livro de Janine Burke, professora de história da arte de Monash University na Austrália.  Apareceu  aqui um Freud gastador, amante do belo e comprador compulsivo que, curiosamente, não analisava suas razões para colecionar a confessar para o discípulo Jung: " Eu preciso ter sempre um objeto para amar" .
O livro também desmonta a imagem do psicanalista como um homem austero e distante. "A coleção revela uma personalidade bem diferente: um esbanjador impulsivo e hedonista, um esteta culto e exigente, um saqueador de tumbas no freqüentemente ilegal negócio de antiguidades, um homem generoso que comprava presentes raros para sua família e seus amigos, além de negociante inflexível" , escreve Janine Burke.
O próprio Freud relacionou o penetrar no inconsciente ao oficio minucioso e paciente de um arqueólogo,
" O psicanalista, deve escavar camada após camada da psique do paciente, antes de ter acesso aos mais profundos e valiosos tesouros" disse Freud.
A paixão virou obsessão: além de o psicanalista ficar enfeitiçado pelos deuses e mitos que estudava em suas pesquisas, aqueles era tempos  de importantes descobertas arqueológicas.  Seu gabinete em Viena era pinhado de antiguidades - seus " deuses velhos e encardidos ", em sua própria definição - a ponto de ele a mal poder se locomover.  Freud também não permitia que nenhuma das obras de arte sais se dali e fosse parar em qualquer lugar do apartamento que dividia com a mulher, os seis filhos e a cunhada.  Modesto, ele se dizia um leigo no métier, afirmação facilmente desmentida pela raridade e qualidade dos artefatos, segundo a autora do livro.  Seu acervo inclui desde uma imagem de deusa da Idade do Bronze até lindas estátuas gregas , passando por bandagens de múmias com mensagens mágicas, amu lentos eróticos de Roma, leões de jade chineses e belíssimos tapetes persas.
A propósito, a maior parte dos artefatos está hoje no acervo do Freud Museu, na capital inglesa.
DEUSES DE FREUD

Deuses de Freud - A coleção de arte do pai da psicanálise
Por Janine Burke
Record, 462 páginas,

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