Da esperança aos nossos fantasmas de cada dia
O ser humano, via de regra, é influenciado por dois extremos: a esperança e os fantasmas. Ambos fazem de nossas mentes um jogo de tensões. Ora um vai a nocaute, ora é o outro. É uma luta diária. Ao acordar, consciente ou inconscientemente, temos a esperança de que o dia será bom e que terminaremos o mesmo e que, amanhã, será outro. Há três esperanças nessa afirmativa: o dia não será ruim, que não morreremos, pelo menos nesse dia, e que veremos e viveremos um outro. Assim seguimos. Tentando não dar ibope para os fantasmas e tentando dar mais espaço e robustez às nossas esperanças. Entretanto, diante da aridez e da inexorabilidade da realidade, nossas esperanças perdem a força e desabam diante de nossos fantasmas. Como manter a esperança de vida frente à quantidade e diversidade de mortes no Rio de Janeiro? Como manter a esperança de uma sociedade mais justa, com toda corrupção que assola o Estado brasileiro? Como manter a esperança na construção de uma sociedade melhor, frente ao