Jean-Paul Sartre

Sartre
Jean-Paul Sartre, novelista francês, teatrólogo e maior intelectual do Existencialismo – filosofia que proclama a total liberdade do ser humano. Foi premiado com o Prêmio Nobel de Literatura de 1964, que desconsiderou.
Sartre nasceu em 21 de junho de 1905 e faleceu em 15 de abril de 1980, em Paris. Ao estourar a Segunda Guerra Mundial, foi convocado para servir como meteorologista na Lorena. Em junho de 1940, caiu prisioneiro e foi encerrado no campo de concentração de Trier, Alemanha. Cerca de um ano mais tarde, conseguiu escapar e, na primavera de 1941, encontrou-se, em Paris, com Simone de Beauvoir. Em Paris, Sartre fundou o grupo Socialismo e Liberdade, a fim de colaborar com a Resistência, produzindo panfletos clandestinos contra a ocupação alemã e contra os colaboracionistas franceses.
Em março de 1943, encenou sua primeira peça teatral, intitulada As moscas, uma lenda grega, segundo o programa. Em 1945, uma nova peça teatral, Entre quatro paredes, põe em cena personagens que vivem os dramas existenciais abordados por Sartre nas obras teóricas. Os romances que escreveu na mesma época fazem o mesmo: A idade da razão, Sursis, Com a morte na alma.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, Sartre dissolveu o movimento Socialismo e Liberdade, por corresponder apenas a uma necessidade da Resistência, e fundou a revista Os tempos modernos, juntamente com Merleau - Ponty (1908-1961), Raymond Aron (1905-1983) e outros intelectuais.


Em 1946, diante das críticas a sua filosofia existencialista, exposta em O ser e o nada, Sartre publica O existencialismo é um humanismo, em que mostra o significado ético do existencialismo. No mesmo ano, publica também duas peças, Mortos sem sepultura e A prostituta respeitosa, e o ensaio Reflexões sobre a questão judaica, no qual defende a tese de que a emancipação dos judeus só será possível numa sociedade sem classes. Em 1948, encena As mãos sujas e, três anos depois, O diabo e o bom Deus. No plano da ação política, essa época marca a aproximação de Sartre do Partido Comunista, ao qual acaba por filiar-se, em 1952.

O grande desafio de Sartre foi responder a alguns problemas que estavam propostos aos cientistas, filósofos e pensadores do período: os dilemas trazidos pelo idealismo e racionalismo, por um lado, e pelo materialismo e positivismo, por outro, concretizados em questões como a problemática do conhecimento, a discussão acerca da objetividade nas ciências e, mais especificamente, nas ciências do homem; a necessidade de revisão da Filosofia, trazida pelo Marxismo (que postulava um conhecimento que remetesse à realidade sócio-histórica, pois “bastava de contemplar o mundo, cabia, agora, transformá-lo!”). O contexto estava a exigir, pois, um saber que partisse e voltasse ao homem concreto.
Referências:
A Náusea. Jean-Paul Sartre. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.
Freud, além da alma. Jean-Paul Satre Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
L’Existentialisme est un humanisme. Jean-Paul Satre Paris: Gallimard, 1996. Col. Folio.

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